Professora: Nelma Corrêa Costa
Turmas: 1C, 2E, 3D, guesa
Número de aulas previstas: 04
Orientações: Leia os textos com muita atenção.
Elabore respostas completas.
Também estou à disposição para sanar qualquer dúvida, pelo what’s app 12 98227 5076 e pelo email nelma_ilhabela@hotmail.com
Bons estudos!
Atividade 1
OUSADIA
Fernando Sabino
1ª parte
A moça ia no ônibus muito contente desta vida, mas, ao saltar, a contrariedade se anunciou:
- A sua passagem já está paga, disse o motorista.
- Paga por quem?
- Esse cavalheiro aí:
E apontou um mulato bem vestido que acabara de deixar o ônibus, e aguardava com um sorriso junto à calçada.
- É algum engano, não conheço esse homem. Faça o favor de receber.
- Mas já está paga...
- Mas já está paga...
Faça o favor de receber! – insistiu ela, estendendo o dinheiro e falando bem alto
para que o homem ouvisse: - Já disse que não conheço! Sujeito atrevido, ainda fica ali me esperando, o senhor não está vendo? Por favor, faço questão que o senhor receba minha passagem.
O motorista ergueu os ombros e acabou recebendo: melhor para ele, ganhava duas vezes.
A moça saltou do ônibus e passou fuzilada de indignação pelo homem.
Foi seguindo pela rua sem olhar para ele.
Se olhasse, veria que ele a seguia, meio ressabiado, a alguns passos.
2ª parte
Somente quando dobrou à direita para entrar no edifício onde morava, arriscou uma espiada: lá vinha ele! Correu para o apartamento, que era no térreo, pôs-se a bater aflita:
- Abre! Abre aí!
A empregada veio abrir e ela irrompeu pela sala, contando aos pais atônitos, em termos confusos, a sua aventura.
- Descarado, como é que tem coragem? Me seguiu até aqui!
De súbito, ao voltar-se, viu pela porta aberta que o homem ainda estava lá fora, no saguão. Protegida pela presença dos pais, ousou enfrentá-lo
- Olha ele ali! É ele, venha ver! Ainda está ali, o sem-vergonha. Mas que ousadia!
Todos se precipitaram para a porta. A empregada levou as mãos à cabeça.
- Mas a senhora, como é que pode! É o Marcelo.
- Marcelo? Que Marcelo? – a moça se voltou surpreendida.
- Marcelo, o meu noivo. A senhora conhece ele, foi quem pintou o apartamento.
A moça só faltou morrer de vergonha:
- É mesmo, é o Marcelo! Como é que não reconheci! Você me desculpe, Marcelo, por favor.
No saguão, Marcelo torcia as mãos encabulado:
- A senhora é que me desculpe, foi muita ousadia.
1 -Após ler o texto com atenção, responda:
- Qual é o tema desta crônica?
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- Quem são as personagens principais da crônica?
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2- Está escrito em:
( ) 1ª pessoa ( também é personagem)
( ) 3ª pessoa (observador – apenas conta e observa)
( ) 3ª pessoa onisciente (sabe também o que as personagens pensam)
- Justifique a sua resposta com um trecho da crônica.
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- A linguagem empregada no texto é:
( ) formal ( ) informal
a) Transcreva um trecho do texto que justifique sua resposta.
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4- Identifique no enredo da crônica a sequência dos fatos e enumere-os:
(1) Situação inicial
(2) Complicação ou conflito
(3) Clímax
(4) Desfecho
( ) Ao subir para seu apartamento, a moça percebe que o homem que a estava seguindo está no saguão do prédio.
( )Surpreende-se ao saber que a passagem já foi paga por um rapaz que a espera.
( ) Uma moça, no ônibus, vai pagar a passagem.
( ) A moça só faltou morrer de vergonha porque descobre que o homem não era suspeito e sim o noivo de sua empregada, ela não o havia reconhecido.
5. A descrição física do moço é importante para a construção do mal-entendido na história? Por quê?
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6- .As personagens transitam por vários lugares ao longo da história. Quais?
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7- Justifique o título da crônica:
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8- Em sua opinião, a crônica “Ousadia” faz alguma crítica a algum comportamento humano muito presente em nossa sociedade? Explique.
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9- Leia o texto e responda:
Quando a rede vira um vício
É difícil perceber o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da internet para estabelecer com ela uma relação de dependência — como já se vê em parcela preocupante dos jovens.
Com o título “Preciso de ajuda”, Carolina G. fez um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos, a que pertence:
“Estou muito dependente da web. Não consigo mais viver normalmente”. Essas frases dão a dimensão do tormento provocado pela dependência da internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, sobretudo entre jovens de 15 a 29 anos.
Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia, mas não percebe que vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até se aprisionar num universo paralelo e completamente virtual.
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, porém, em todos os casos, a internet era apenas útil ou divertida e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido.
Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. Para o psiquiatra Daniel Spritzer, “a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, por isso a família raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle”.
A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta até culminar, pasme-se,numa rotina de catorze horas diárias, e as situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da troca de refeições por sanduíches – que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se extinguindo, como alerta a psicóloga Ceres Araujo: “Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem”.
Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar, portanto toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.
(Silvia Rogar e João Figueiredo, revista Veja, Adaptado)
a) Qual é o tema da reportagem?
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b) Segundo o texto, quais são os sintomas desse vício?
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c) Quais podem ser as consequências?
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d) Qual é a sugestão apresentada no texto para lidar com esse problema ou sua prevenção?
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e) Você acha a comparação do vício em internet com outros tipos de vícios é muito forte? Justifique sua resposta.
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f) Na sua opinião, faria alguma diferença para o convencimento do leitor se o texto não tivesse exemplos de pessoas que passaram por esse problema? Justifique sua resposta.
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g) O texto apresenta opinião de especialistas. Quem são e quais suas especialidades?
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