segunda-feira, 6 de julho de 2020

História - Semana 06 a 10 de julho - Professor Wellington - Castelhanos

Para a realização dos exercícios a seguir é necessário lermos o
artigo abaixo:

A Vinda da corte Portuguesa para o Brasil

Por Misleine Neris de Souza Silva

Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012)

Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário

Claretiano, 2014)


Faça os exercícios!



Impulsionados pelas tropas de Napoleão Bonaparte que além de

imporem o bloqueio continental impedindo as trocas comerciais com

os ingleses, ameaçavam também invadir Portugal. O Príncipe

regente D. João VI, a sua mãe Dona Maria I e toda a corte

portuguesa com o apoio da Inglaterra, transferiram-se para o Brasil

em aproximadamente 34 embarcações.

Eles decidiram que essa via seria a melhor estratégia para não

perderem o território de Portugal para a França, continuando

aliados da Inglaterra (importando e exportando produtos) e claro

não perderem o Brasil, que era a sua colônia mais rica para os

independentistas, já que a maioria das colônias da América Latina

tinha tomado essa posição. Através dessa decisão era possível

continuar comercializando com países aliados, manter seus lucros e

não perder o reinado.

Os navios portugueses chegaram ao Brasil à costa da Bahia a 18

de janeiro de 1808 e foram recebidos em meio a muita festa. Depois

desembarcaram no Rio de Janeiro em 8 de março de 1808, onde

ficaram hospedados na residência do Governador, a Quinta da Boa

vista. Os outros membros da corte também foram muito bem

recebidos e se apossaram das melhores casas que havia até então

na colônia.

A primeira decisão tomada por D. João VI em território brasileiro foi

a abertura dos portos para comercialização dos produtos com

outras potencias europeias. Contrariou a mãe assinando o

estabelecimento de indústria e manufaturas no Brasil para

impulsionar a modernização do país, proporcionando a instalação

de fábricas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.

Fundou o Banco do Brasil, Jardim Botânico, Academia Real Militar,

Bibliotecas, construções de teatros, Academia de Belas Artes do

Rio de Janeiro, Imprensa brasileira (autorização para publicação de

jornais), pavimentação de ruas, construção de casas, edificação de

universidades e Museus (Real e Nacional). Além disso trouxe vários

artistas como Debret para retratar diversos acontecimentos da

época no geral.

As unidades de federação ao invés de se chamarem capitanias

hereditárias passaram a se chamar províncias e o Brasil foi elevado

a Reino Unido de Portugal e Algarves, que em relação à extensão

territorial foi um dos maiores do mundo. Ainda nesta época, o Brasil

ocupou a Guiana Francesa (que só foi devolvida à França em 1817)

e tomou o território do Uruguai ao Sul do país, que passou a se

chamar província da Cisplatina.

Mas como tudo não é um mar de rosas, por volta de 1816 os

pernambucanos se revoltaram contra a corte portuguesa, alegando

que eles eram o centro dos lucros do reino através da produção da

cana- de açúcar e sentiam-se obrigados e enviar dinheiro ao Rio de

Janeiro para manterem todos os seus luxos. A partir de então,

começam a surgir alguns movimentos independentistas do período

que foram contidos através das tropas portuguesas.

Após a derrota de Napoleão e a morte da sua mãe D. Maria I (a

rainha louca) Portugal aclamava pelo rei. A figura paterna e de

liderança era tão engajada no imaginário lusitano que se legitimava

partindo da pressuposição que eles eram espíritos superiores e

iluminados, predestinados a conduzir a sua nação. Foi então que

convocaram uma assembleia constituinte que revogava a volta do

rei para Portugal e se não voltasse iriam se separar do Reino Unido

de Portugal e Algarves e excomungar o rei.

Com medo de perder seu trono novamente, D. João VI retorna para

Portugal e deixa o Brasil na responsabilidade de seu filho D. Pedro

I.

Exercícios - A Vinda da corte Portuguesa para o Brasil

Lista de exercícios sobre a fuga da Família Real Portuguesa para o

Brasil.

Ler artigo A Vinda da corte Portuguesa para o Brasil.


Exercício 1: (UDESC 2009)

O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da Família

Real ao Brasil. Sobre isso assinale a alternativa correta.


A)A monarquia que chegava ao Brasil representava, em realidade,

boa parte dos ideais da Revolução Francesa e do liberalismo

europeu daquele período.

B)As motivações da vinda da Família Real para o Brasil estão

relacionadas mais à realidade européia do período do que à idéia

de desenvolvimento de um Brasil monárquico e posteriormente

independente de Portugal.

C)Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas,

seguindo as práticas liberais e laicas da monarquia portuguesa.

D)Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação

da cidadania.

E)A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o

Brasil realizava sua primeira reforma agrária.

Exercício 2: (ADVISE 2009)

Sobre a vinda da Coroa Portuguesa para o Brasil, é correto afirmar

que:

A)O bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte foi a gota

d´água para a mudança da sede da corte.

B)Apesar da vinda da família real para o Brasil, o monopólio comercial

de Portugal continuou.

C)A abertura dos portos brasileiros às nações amigas beneficiou

principalmente à Inglaterra.

D)O tratado de 1810 estabelecia que a taxa alfandegária sobre

produtos portugueses vendidos para o Brasil subiria para 30%.

E)A abertura dos portos beneficiou o desenvolvimento industrial do

Brasil.

Exercício 3: (UFF 2008)

A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil tem sido objeto

de intensos e calorosos debates na historiografia luso-brasileira.

Dentre as novidades implantadas pela chegada da Corte de D.

João, estão:

I) Maior controle sobre a concessão de sesmarias, via criação da

Mesa do Desembargo do Paço do Rio de Janeiro

II) Fundação do Banco do Brasil

III) Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e

Maranhão

IV) Criação da Intendência Geral da Polícia

V) Institucionalização do Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

para julgar as querelas da Província


Assinale a alternativa que reune os elementos identificados com a

transferência da Corte Portuguesa:

A)I e II, apenas

B)I, II e III, apenas

C)I,II e IV, apenas

D)III, IV e V, apenas

E)IV e V, apenas

Exercício 4: (UFPR 2010)

A chegada da Família Real e da Corte Portuguesa ao Rio de

Janeiro em 1808 introduziu grandes mudanças na sociedade

brasileira. Os grandes proprietários rurais e negociantes

aglutinaram-se ainda mais do que antes ao redor da Família Real.

Isso permitiu que, no contexto da independência (1822), alguns

fenômenos permanecessem. Tendo em vista esses processos,

considere as seguintes afirmativas:

A escravidão foi mantida, sem que os poucos questionamentos a

ela conseguissem prevalecer nem nos projetos de Independência,

nem na elaboração de um projeto de Constituição em 1823, nem

ainda na Constituição outorgada em 1824.

O fim do laço colonial formal com Portugal permitiu a intensificação

da relação de dependência frente à Inglaterra.

A escravidão atingiu seu auge no Brasil imediatamente após a

Independência, ao mesmo tempo em que as negociações

internacionais pelo reconhecimento desta última levaram à tentativa

de supressão do tráfico de escravos africanos em 1830.

O apoio inglês à manutenção da escravidão e do tráfico de

escravos permitiu que o cativeiro permanecesse no Brasil até 1888.

Assinale a alternativa correta.


A)Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

B)Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

C)Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

D)Somente a afirmativa 2 é verdadeira.

E)Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.


Exercício 5: (UFPB 2008)

Há quase 200 anos, em 29 de novembro de 1807, zarpava de

Portugal uma esquadra conduzindo a Família Real portuguesa para

a sua Colônia americana, onde chegou em janeiro de 1808. Esse

acontecimento teve muitos desdobramentos para o processo de

autonomização política do Brasil.


Sobre esse acontecimento e alguns de seus efeitos históricos,

pode-se afirmar:

I. A fuga da Família Real portuguesa insere-se no bojo da disputa

de hegemonia eco­nômico-política entre a Inglaterra e a França,

sendo Portugal um país-satélite nesse jogo. A transmigração para o

Brasil, já cogitada pela realeza lusitana em outras ocasiões, foi uma

engenhosa solução para que D. João não cedesse às pressões de

Napoleão para que Portugal apoiasse a França contra a Inglaterra.

II. Uma das primeiras medidas tomadas pelo Príncipe Regente D.

João, após sua chegada ao Brasil, foi a reafirmação do exclusivo

colonial para a metrópole, consolidando o poder da burguesia

comercial portuguesa. Essa medida causou revolta na elite agrária

colonial nortista, especialmente a paraibana, que tinha expectativas

de melhores condições de comercialização para seus produtos

mediante uma política econômica liberal.

III. A instalação do Estado português na Colônia significou a

interiorização da metrópole, criando um centro de decisão (Rio de

Janeiro) mais próximo dos súditos coloniais. Esse núcleo de poder

possibilitou a aglutinação de algumas províncias (o chamado Sul:

Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), que polarizaram a

construção da futura unidade política brasileira, com certa

secundarização das províncias do Norte (hoje Nordeste).

Está(ão) correta(s):

A)Apenas II

B)Apenas I e II

C)I, II e III

D)Apenas I

E)Apenas I e III


Exercício 6: (UDESC 2017/2)

No Brasil, durante o início do século XIX, as províncias do Norte,

dentre elas Pernambuco, viviam uma relativa prosperidade

econômica, ocasionada em especial pela produção do algodão e do

açúcar. A partir do estabelecimento da Corte Portuguesa no Rio de

Janeiro, tal prosperidade foi relativamente fragilizada.

Analise as proposições em relação às mudanças ocorridas com a

chegada da Corte Portuguesa ao Brasil.

I. A alocação de uma estrutura burocrática no Rio de Janeiro tornou

o governo de Dom João VI mais capacitado a se envolver nos

negócios das províncias, o que possibilitou a diminuição de

autonomia destas.

II. Para arcar financeiramente com os custos da Corte no Rio de

Janeiro, o governo exigiu a cobrança de mais impostos dos setores

de produção de açúcar e algodão.

III. A cobrança de maiores impostos e a diminuição da autonomia

das províncias, ocasionadas pela presença da Corte no Rio de

Janeiro, não tiveram nenhuma relação com o movimento que se

tornou conhecido como Revolução Pernambucana.


Assinale a alternativa correta.

A)Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

B)Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.

C)Somente a afirmativa I é verdadeira.

D)Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

E)Somente a afirmativa II é verdadeira.

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