1ºM Dia da consciência negra Profº Glyns Roman
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A partir da metade do século
16, os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos. Com eles,
vieram os costumes, as religiões, as tradições, uma cultura forte e diferente
das que já estavam aqui, vindas dos europeus e dos índios. A união e a mistura
de todos esses elementos deram origem à identidade brasileira.
As contribuições da cultura de
origem africana para a construção da personalidade brasileira são inegáveis.
Elas estão em toda parte.
Música: Além do samba, que é o
estilo brasileiro mais famoso no mundo, outros ritmos também vieram da mãe
África: Maracatu, Congada, Cavalhada, Moçambique. Além disso, muitos
instrumentos musicais: afoxé: tipo de chocalho feito com uma cabaça e uma rede
de miçangas; agogô: cones de metal tocados com uma baqueta; barimbau; caxixi:
cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça com sementes; atabaque:
tambor alto; cuíca: parecido com tambor, mas com uma varinha encostada à pele,
que fricciona produzindo som;
A capoeira, uma mistura de
dança e luta, foi criada pelos escravos como uma estratégia de defesa. Como os
treinamentos de combate eram proibidos, os escravos que conseguiam fugir mas
que eram recapturados ensinavam aos demais os movimentos. Embalados pelo som do
berimbau, eles enganavam os capatazes, que achavam que estavam apenas dançando.
Assim, eles treinavam nos engenhos sem levantar suspeitas. A capoeira só deixou
de ser proibida no Brasil apenas na década de 1930. Em 1953, o mestre Bimba
apresentou a arte ao então presidente Getúlio Vargas, que a chamou de “único
esporte verdadeiramente nacional”.
Na Bahia, são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana. A maior parte das palavras que enriqueceram o vocabulário brasileiro vêm do quimbundo, língua do povo banto. Na época da escravidão, o quibundo era a língua mais falada nas regiões Norte e Sul do país.
Palavras de origem banto:
BAGUNÇA – desordem, confusa,
baderna, remexido.
BATUCAR – repetir a mesma
coisa insistentemente.
BELELÉU – morrer, sumir,
desaparecer.
BIBOCA – casa, lugar sujo.
CACHAÇA – aguardente que se
obtém mediante a fermentação e destilação do mel ou barras do melaço.
CACHIMBO – pipo de fumar.
CAÇULA – o mais novo dos
filhos ou irmãos.
CAFOFO – quarto, recanto
privado, lugar reservado com coisas velhas e usadas.
CAFUNÉ – ato de coçar, de
leve, a cabeça de alguém, dando estalidos com as unhas para provocar o sono.
CANGA – tecido utilizado como
saída-de-praia.
CAPENGA – manco, coxo.
CATINGA – cheiro fétido e
desagradável do corpo humano, certos animais e comidas deterioradas.
CHIMPANZÉ – espécie muito
conhecida de macaco.
COCHILAR (a ortografia correta
deveria ser coxilar) – dormir levemente.
FUZUÊ – algazarra, barulho, confusão.
GANGORRA – balanço de
crianças, formado por uma tábua pendurada em duas cordas.
MARIMBONDO – vespa.
MINHOCA – verme anelídeo.
MOLEQUE – menino, garoto,
rapaz.
MOQUECA – guisado de peixe ou
de mariscos, podendo também ser feito de galinha, carne, ovos etc.
Assista agora os vídeos abaixo
e conheça as visões dos jovens brasileiros sobre a importância de valorizar
suas raízes e as dificuldades encontradas.
Fonte:https://memoria.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2012/11/voce-sabe-qual-e-a-importancia-da-cultura-negra-para-a-historia-do > acesso em 11/11/2020
1 - https://www.youtube.com/watch?v=nlbzm81vc7g
2- https://www.youtube.com/watch?v=L6Hs-rxMjxM
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aceitas. Podem usar lápis de cor, tintas ou canetinhas, fazer colagens, etc.
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